Valve lança interface de jogo no Steam para televisores

A Valve, empresa de games norte-americana, lançou nesta segunda-feira (10) a versão beta do Big Picture, interface que permitirá jogar seus títulos e navegar na internet dentro do Steam, sistema de compra de games e aplicativos também da companhia. As informações são do site Kotaku.

Conhecida pela franquia Half-Life, a empresa é uma das mais badaladas do mundo dos games atualmente, principalmente por ter uma modelo de negócios quase anarquista (os funcionários não têm cargos específicos e podem trabalhar em qualquer projeto) e por recentemente ter anunciado o interesse em produzir seu próprio console. E o Big Picture pode ser o primeiro passo para isso.

Com uma interface de fácil socialização e manuseio com um controle de videogame, o Big Picture foi feito para interagir na televisão da sala, como disse Greg Coomer, responsável pelo projeto, ao Kotaku. "Estamos confidentes sobre algumas coisas que os clientes querem. Eles querem uma experiência em uma tela grande, na sala de estar. Eles querem usar o controle e a experiência de jogos sociais online. E temos essa plataforma que nos deixa entregar uma significante parte dessa experiência", explicou.

A plataforma, que se assemelha ao dashboard do Xbox 360, permite o usuário comprar jogos, surfar na internet, jogar e bater papo com seus amigos. Com o uso de um controle do Xbox 360 - que tem conexão USB - o sistema fica ainda mais fácil com um teclado virtual em forma de flor de lótus, onde cada "pétala" é um grupo de letras de fácil navegação.

Para a Valve, o Big Picture é uma oportunidade para saber como os usuários querem interagir com os games daqui para frente. "Cada jogador terá que decidir a curto prazo o valor que o Big Picture traz é algo que eles querem", disse Coomer. "Para alguns será bem fácil. Para outros, isso não pode valer tanto ainda. Mas isso é algo que saberemos quando entregarmos o produto. E ao longo do tempo descobriremos qual caminho os usuários querem se envolver em resolver os restos dos problemas que nosso software não pode resolver para eles", explicou.